NeuroBalance

História do Neurofeedback

 Da Descoberta do EEG à Técnica Atual

A história do neurofeedback começa com a descoberta revolucionária da eletroencefalografia (EEG) por Hans Berger em 1924. Esse avanço permitiu, pela primeira vez, a medição da atividade elétrica do cérebro humano, marcando o início de uma nova era na neurologia. A possibilidade de monitorar as ondas cerebrais abriu caminho para uma série de descobertas que transformaram a compreensão da atividade cerebral e pavimentaram o caminho para o desenvolvimento do neurofeedback como uma ferramenta terapêutica.

A Descoberta do EEG por Hans Berger

  • Em 1924, o psiquiatra alemão Hans Berger fez uma descoberta marcante ao identificar e registrar a atividade elétrica do cérebro humano. Este feito, conhecido como eletroencefalograma (EEG), foi um marco na ciência, apesar do ceticismo inicial de outros profissionais da época.
  • Berger conseguiu demonstrar que o cérebro emite impulsos elétricos em padrões específicos, conhecidos como ondas cerebrais. Ele descreveu pela primeira vez as ondas “alfa” e “beta” e revelou que esses ritmos elétricos variam conforme o estado de atividade mental e emocional. Com o tempo, o EEG tornou-se uma ferramenta essencial para a neurologia clínica, principalmente no diagnóstico e estudo de condições como a epilepsia.
Hans Berger
Hans Berger

Pesquisas Precedentes e Contribuições Científicas

  • Antes de Hans Berger, vários pesquisadores fizeram observações significativas sobre a atividade elétrica cerebral em animais. Richard Caton, um fisiologista inglês, foi um dos primeiros a investigar ritmos elétricos no cérebro de mamíferos, estabelecendo a base para estudos futuros. Outros cientistas, como Napoleon Cybulski, Adolf Beck e Fleischl von Marxow, também fizeram contribuições importantes ao estudar os ritmos elétricos espontâneos do cérebro.
  • No entanto, foi Berger quem teve a visão e a determinação para desenvolver o primeiro EEG humano. A sua contribuição estabeleceu um ponto de partida crucial para investigações modernas sobre o cérebro e suas funções, consolidando o EEG como uma ferramenta científica valiosa.
Richard Caton

Evolução para o Neurofeedback

  • Na década de 1960, o EEG passou a ser estudado com uma nova abordagem. Pesquisadores como Joe Kamiya e Barry Sterman começaram a explorar a possibilidade de usar o EEG não apenas para observar a atividade cerebral, mas para modificar o comportamento cerebral através de feedback. Kamiya, um psicólogo, investigou se os indivíduos conseguiam controlar conscientemente suas ondas cerebrais quando recebiam feedback em tempo real, abrindo as portas para a técnica que chamamos hoje de neurofeedback.
  • Barry Sterman, por sua vez, avançou ainda mais ao estudar o impacto do neurofeedback em pacientes com epilepsia. Ele demonstrou que era possível treinar o cérebro para reduzir a ocorrência de convulsões, aplicando um protocolo de neurofeedback específico que ajudava a regular as ondas cerebrais.
Joe Kamiya e Barry Sterman
Joe Kamiya e Barry Sterman

Neurofeedback na Prática Clínica Atual

  • Hoje, o neurofeedback é uma ferramenta terapêutica utilizada em várias áreas, desde a saúde mental até o aprimoramento do desempenho cognitivo. A técnica permite que os clientes recebam feedback em tempo real sobre sua atividade cerebral, o que facilita a autorregulação e o controle de ondas cerebrais.
  • Aplicado a condições como ansiedade, depressão, PHDA, Insónia, Epilepsia, entre outras, o neurofeedback é uma intervenção não invasiva e indolor, que aproveita o princípio de que o cérebro pode aprender a ajustar sua própria atividade com o auxílio de feedback em tempo real.
Pessoa a receber sessão de neurofeedback na NeuroBalance
Sessão de NeuroFeedback

Conclusão

A jornada do neurofeedback começou com a descoberta do EEG por Hans Berger, que permitiu a medição da atividade elétrica do cérebro e revolucionou o campo da neurologia. Embora precedido por investigações de outros cientistas, foi Berger quem consolidou o EEG como uma ferramenta essencial para o estudo do cérebro humano. A partir dessa base, pioneiros como Kamiya e Sterman expandiram a utilização do EEG, desenvolvendo o neurofeedback como uma técnica prática e eficaz.

Hoje, o neurofeedback representa a união entre ciência e autoconhecimento, proporcionando aos indivíduos a oportunidade de alcançar um melhor equilíbrio mental e físico.